José Solon Sales e Silva
Titular da Cadeira nº 34
ALTIVO MAS COM HUMILDADE
Penso que o ser humano deve ser sempre altivo. Altivo é a qualidade de quem não cede o que tem muita altura e majestoso aspecto, mas é também o arrogante e soberbo. Em contra posição e como antítese o humilde é aquele que é simples, modesto.
O majestoso, que integra a altivez é o suntuoso o que é esplêndido luxuoso. É muito bom ser faustoso, de forma silenciosa, de maneira discreta, no entanto a simplicidade parece ser melhor ainda e até diria necessária.
Não há necessidade de que todos saibam que somos altivos, mas é necessário que comprovem a simplicidade. Ser simples é saber que não se é complicado que se é puro, claro, singelo e natural.
Há sempre muita simplicidade em tomar-se um caneco d’água retirado de um pote. Há sempre simplicidade em degustar um bom vinho em taça de cristal da Boémia ou fazer uma notável refeição em uma louça de Limoges. A sensação de altivez ou humildade esta naquele que aprecia a água, o vinho, a refeição. Tudo é questão de análise.
Degustar o bom vinho em taça de cristal, tomar água em um caneco retirada de um pote, realizar uma refeição em uma porcelana de Limoges pode parecer altivez, no entanto, o degustador pode ser simples a diferença é a maneira como nos conduzimos e como vemos. Aí nos deparamos com a imparcialidade que é a qualidade daquele que não tem partido, daquele que é reto e justo e julga o que é bom o que é apreciável.
Deve-se ser altivo, gostar de conforto e do que é bom, mas quando não se tem acesso deve-se ser humilde. Parecem ser regras básicas que deveriam imperar em todos os estratos humano. Lembrando-se sempre que a altivez não dê lugar à arrogância e a soberba como se vê com frequência. Que bom seria se o ser humano fosse sempre altivo e humilde. Ou humilde e altivo? Concluam.
Coco, 22/05/2020