Crônicas
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José Maria Bonfim de Moraes

Titular da Cadeira Nº 21 - Patrono - Abdoral Timbó

 

 

Meu nobre amigo e professor Dr. José Maria Chaves nos deixa. Deixa-nos num dia triste de fevereiro! Zé Maria tem uma bela história de vida. História de muita luta e muita perseverança. Tem uma chamada vocação tardia. Nascido em São João do Jaguaribe, veio se alfabetizar após os 15 anos. Estudou com os irmãos Maristas, tendo um excelente vocabulário. Médico foi trabalhar nos hospitais de urgência. Depois teve a honra de ser assistente do Dr. Paulo de Melo Machado. Tendo como marca a fidelidade aos amigos. Tendo a gratidão como virtude intangível tudo corria para agradecer. Foi um excelente goleiro nos campos universitários. Amante do esporte, foi durante tempo médico da Federação Cearense de Futebol. No Departamento de cirurgia foi com Pedro Henrique Saraiva Leão um dos pioneiros em Coloproctologia. Proctologia mesmo, acredito que foi o Dr. Walder Sá. Mas nos aproximamos na Sociedade Brasileira de Médicos Escritores -  SOBRAMES e mais na Associação de Produtores de Cafés Especiais das Montanhas do. Espírito Santo - ACEMES. Deixa uma lacuna, difícil de preencher. Num mundo de falsidade, ele trazia o selo da sinceridade. Num mundo de tanta mentira, emociona-nos vê-lo guerreando pela verdade. Era um homem que amava o amor. Sabia conduzi-lo. Sabia burila-lo. Era um amigo que lembra Jáder de Carvalho em Terra Bárbara. Morre e mata pelo amor ao amigo. Mas se vierem dele zombar, ah sertão. São poucos homens deste quilate. Homens fincados na sua decência. Não se escoltam para sustentar sua fragilidade. Preciosos cidadãos que preferem cair de pé com brilho. Com dignidade. Zé Maria era um destes. Um homem predileto de Deus.