João Martins de Souza Torres
Titular da Cadeira nº 22 - Patrono: Amadeu Furtado
“O que é uma mulher?” Eu lhes asseguro, eu não sei. Não acredito que vocês saibam”.
Vigínia Woolf (importante escritora e editora inglesa) 1882/1941 53 anos.
“Pode o homem explicar o homem?” Michel Foucault (filósofo, historiador e teórico social francês) 1926/1984 – 58 anos.
SAUDAÇÕES:
É muito claro e até desnecessário dizer que fiquei muito honrado e mais ainda, envaidecido pelo convite para apresentar esta antologia: “Onde esta o Batom?”
Sempre tenho defendido que apresentações, no geral, devem ser breves!
Também ao apresentador não lhe convém narrar o livro, muito menos tirar-lhe o mistério! E o minstério é sedutor, sabemos todos.
“ANTOLOGIA” é uma coleção de textos de autores/as diversos/as, em prosa e/ou verso. “Antos”, em grego, significa flor. Daí florilégio ser sinônimo de antologia.
Mas essa aqui é muito especial. São quatorze mulheres escritoras, poetisas. Onze pertemcem à Academia Ipuense de Letras, Ciências e Artes (AILCA) . Outas três foram convidadas. Todas de alto nível. Todas afilhadas da ARTE, esta deusa especial. São artistas.
Penso o artista assemelhar-se a um instrumento de corda. Este só produz sons maviosos, se as cordas estiverem tensas. E o que tenciona as tais cordas são as fortes emoções, com predomínio das de sofrimentos sobre às de alegria, euforia.
Foi isso que aconteceu desde o início da COVID-19. Houve muita angústia, inesquecíveis perdas.
Aos 14 de abril de 2021 escrevi um breve texto intitulado: “Mon amour x Pan amour.” Falava sobre a pandemia que estava gerando uma gigantesca crise global, afetando todo mundo e o mundo todo. Dizia então que haveríamos de vencer, mas com o conjunto de todas as nossas forças, inclusive sempre com o “mon amour”, mas também com o amor geral, com o “pan amour”, a SOLIDARIEDADE.
É inegável o poder das mulheres em intuir e entoar pela harpa maviosa da poesia e da prosa.
Surpreendidas com a quase odem de prisão domiciliar determinada pela então feroz COVID-19, estas valorosas escritoas, na crise, dar um testemunho para a história. Escrever sobre os mais variados aspectos gerados pela pandemia. Foi um ato sofrido de gerar e gestar. Nasce hoje este precioso rebento literário.
Escreveu! Eternizou!
Quanto ao livro em si, que se louve intensamente a capa de invejável e iluminado bom gosto. Fundo preto, letreiro e másca em alvo branco. A máscara, o indiscutível recurso da prevenção. Destaque sutil: o vermelho, o rubro dos lábios a mostrar-se qual uma voluptuosa maçã mordida. Pura sensualidade! Nunca impura!
E o nome interrogando?! “Onde esta o batom?”! Por quê? A leitura lhes dirá!
O batom deu o tom! Que invejável originalidade!
Onde já se viu uma bolsa de mulher sem batom e sem seu coadjuvante espelinho? Pode faltar dinheiro, até mesmo o celular! Mas que não falte a dupla: batom, espelho. É como Dom Quixote e Sancho Pancha.
A essência, as entranhas dolivro: uma preciosidade diversificada.
Ao querido confrade SOLONZIN coube a orelha. Usou de sua habitual e afetuosa maneira de dizer coisas boas, de conteúdo valoroso e analítico.
Em relação ao prefácio, o também confrade da Academia Ipuense de Letras, Ciências e Artes, o histpriador, poeta e grande cardiologista Dr. José Maria Bonfim, usou de sua maciez poética e do seu massivo cabedal de cultura geral e humanista. Contemplou, com grande propriedade e fascínio literário, uma a uma, todas as autoras da Antologia.
Em conclusão, nossa Academia Ipuense de Letras, Ci~encias e Artes, em razão desta Antologia, pode exlamar, pelo poder das letras, queo momento é de exultação e exaltação .
Distintas e nobres autoras, tendes nossa profunda admiração, respeito e admiração pelo que fizestes, usando das qualidades, virtudes e poderes que lhes foram conferidas, elo inegável talento e generosidade. A vós todas, a glória da realilzação desta eternizada peça literária:
“Onde está o batom?”
João Martins de Souza Torres. Palácio da Luz - Auditório Principal da Academia Cearense de Letras em 09/07/2022.