Wilson Lopes
Poeta Ipuense
Quando é dia de chuva
Lá no meu sertão
Ninguém pode comprar lenha
Nem apanhar feijão
A dona de casa diz:
Hoje mata-se o galo
Se lasca o pilão.
Depois que a chuva passa
O sol vem esquentar
Urubu de asa aberta
Lá no pé de sabiá,
Fica tudo muito alegre
Os passarinhos cantando
Ovelha, porco e bode
No terreiro escramuçando.